sexta-feira, 31 de março de 2017

Sergipe na rua contra o governo Temer




Terceirização, privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), reformas trabalhista e da Previdência Social. Foi contra estas pautas, propostas pelo Governo Federal, que diversas centrais sindicais e movimentos sociais se reúniram nesta sexta-feira, 31, no centro de Aracaju.

É o segundo ato promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) junto a outras categorias. A data de hoje, segundo Rubens Marques, presidente da Central, é oportuna. “Hoje é um dia simbólico, casa com o dia do Golpe Militar de 1964. Lembramos dele para não deixar voltar. Temos feito debates contra todas essas pautas. Estou convencido de que o povo brasileiro vem reagindo positivamente. Creio que a reforma da previdência não vai passar”.

Os manifestantes saíram em caminhada da praça General Valadão até a sede de uma empresa que presta serviços terceirizados, de propriedade do deputado Laércio Oliveira (SD), relator da Lei da Terceirização, aprovada pela Câmara dos Deputados no último dia 22. “É o quartel general da terceirização, e isso ataca frontalmente os direitos da classe trabalhadora. Ele vai sentir que o povo não é bobo. Vai ter reação”, garantiu Marques.

Para o dia 28 de abril está agendada mais uma mobilização de todas as centrais sindicais para tentar barrar o projeto de reforma da Previdência Social, que ainda não tem data para ser votado.

Por Victor Siqueira e Verlane Estácio

http://www.infonet.com.br/noticias/cidade/ler.asp?id=198290

quinta-feira, 30 de março de 2017

Deixar Temer elegível é um absurdo


"O povo brasileiro tem que ir para as ruas"

Foto: Gustavo Bezerra

O deputado baiano Valmir Assunção (PT) ocupou a tribuna da Câmara para 'denunciar a tentativa de alguns setores de querer prejudicar a ex-presidenta Dilma Rousseff' no julgamento da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral; "Há procuradores sugerindo que se casse a chapa da presidenta Dilma e de Michel Temer, e que Dilma fique inelegível e Temer, elegível. Se for cassada a chapa, mas só a presidenta Dilma ficar inelegível, Temer poderá disputar a eleição indireta no Congresso Nacional. Isso é um absurdo! A população brasileira não pode aceitar nem concordar com isso. O povo brasileiro tem que ir para as ruas", disse Valmir



30 DE MARÇO DE 2017

O deputado federal baiano Valmir Assunção (PT) ocupou a tribuna da Câmara para 'denunciar a tentativa de alguns setores de querer prejudicar a ex-presidenta Dilma Rousseff' no julgamento da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Há procuradores sugerindo que se casse a chapa da presidenta Dilma e de Michel Temer, e que Dilma fique inelegível e Temer, elegível. Se for cassada a chapa, mas só a presidenta Dilma ficar inelegível, Temer poderá disputar a eleição indireta no Congresso Nacional. Isso é um absurdo! A população brasileira não pode aceitar nem concordar com isso. O povo brasileiro tem que ir para as ruas", disse Valmir.

Na avaliação do deputado, Temer "está perto de perder o cargo. E ele vai perder seu mandato ilegítimo pelo conjunto da obra. E qual é o conjunto da obra? O congelamento do serviço público, a promessa que fez e não cumpriu de desenvolver o Brasil, a reforma trabalhista, a reforma da Previdência e também a terceirização. O governo Michel Temer está quebrando as empresas nacionais. Um dos exemplos disso é o tão famoso agronegócio, que hoje não pode exportar carne para lugar nenhum, graças à incapacidade do governo federal, graças à incapacidade de Michel Temer", afirma o petista.

Para Assunção, "o povo precisa ir às ruas para garantir que o golpista Temer saia da Presidência da República assim que o TSE terminar o julgamento de cassação da chapa". "Porque o único lugar onde o Michel Temer tem maioria é nesta Casa. Eu digo sempre que eu não sei por que ele tem maioria aqui".




http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/287823/%E2%80%98Deixar-Temer-eleg%C3%ADvel-%C3%A9-um-absurdo%E2%80%99-diz-deputado.htm

segunda-feira, 20 de março de 2017

Bem-vindos ao Nordeste, Presidente Lula e Presidenta Dilma!


O significado de Presidente Legítimo eleito pelo povo democraticamente: o que a Rede Globo não mostra para você.


Finalmente, eles chegaram a Monteiro. Venham ver, Lula e Dilma, venham ver de perto o sonho que vocês dois transformaram em realidade. Venham ver a água invadindo nosso Sertão. Obrigado por essa bênção proporcionada ao povo nordestino!



Vídeo: Veja a grande festa popular e o agradecimento do povo ao presidente Lula e à presidenta Dilma












terça-feira, 14 de março de 2017

Lula: "Aguardei pacientemente para contar os fatos a um juiz imparcial"

Vídeo: Depoimento completo de Lula em Brasília






O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou à Justiça Federal de Brasília nesta terça-feira, no âmbito da ação penal que o acusa de tentativa de obstrução de Justiça. A acusação tem por base delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, que afirmou que Lula estaria envolvido em uma tentativa de evitar que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró assinasse um acordo de delação com o Ministério Público Federal. Ocorre, porém, que todas as testemunhas e acusados já foram ouvidos, e nenhum deles corroborou a tese de Delcídio. O ex-senador está isolado em sua versão, que foi apresentada aos procuradores desacompanhada de qualquer prova.

Nesta terça, Lula disse: "O depoimento de Cerveró era um problema para Delcídio, não para mim. Só tem um brasileiro que podia ter medo de uma delação do Cerveró. Era o Delcídio. Ele sim era próximo dele. Eu nunca fui próximo do Cerveró". Os fatos acabaram por dar razão ao ex-presidente. Cerveró terminou por assinar um acordo de delação premiada com o MPF, e não citou Lula em nenhum momento. Já Delcídio foi, sim, citado.

Em seu depoimento que forma a delação premiada que assinou com os procuradores da Lava Jato - que lhe serviu para deixar a prisão em que se encontrava - Delcídio do Amaral afirmou que Lula teria pedido ao pecuarista José Carlos Bumlai que pedisse a ele, Delcídio, para convencer Cerveró a não assinar o acordo de delação. Na Justiça, porém, Bumlai negou peremptoriamente a história que garantiu a saída de Delcídio da cadeia: "Eu nunca tive interesse nenhum em retardar a delação do senhor Cerveró. O ex-presidente Lula jamais me pediu nada nesse sentido. Eu nunca tratei de nenhum tipo de negócio ou acordos com o Lula. Tenho com ele uma relação pessoal e de respeito profissional, e é só."

O próprio Nestor Cerveró também falou no processo, e igualmente desmentiu Delcídio do Amaral, que foi preso ao ser flagrado arquitetando um plano para tirar ilegalmente do país o ex-diretor da Petrobras. "Nunca foi mencionado nada do Lula comigo. Foi só Delcídio quem falou a respeito de delação, rota de fuga, Mas eu nunca quis fugir", disse o ex-executivo, cujo filho gravou as conversas entre eles - ocorridas em dezembro de 2015 - e denunciou Delcídio ao Ministério Público Federal, que obteve uma ordem de prisão contra o ex-senador.

Finalmente, muito embora tenha acusado Lula em sua delação premiada, no momento em que foi chamado ao processo judicial, o próprio Delcídio teve dificuldades em manter sua história. Ele admitiu que não partiu de Lula ordem para obstruir delação de Cerveró, e que jamais discutiu sobre dinheiro com o ex-presidente."

http://lula.com.br/depoimentos-em-processo-sobre-suposta-obstrucao-de-justica-comprovam-inocencia-de-lula

sábado, 11 de março de 2017

Por que gritar Fora Temer

Motivos pelos quais Michel Temer deve ser afastado da presidência que usurpou de Dilma Rousseff




Por Barbara Gancia, em seu Facebook

Primeiramente, FORA Temer!

FORA, pelas espantosas declarações no Dia Internacional da Mulher;

FORA, por sua mentalidade vergonhosamente em descompasso com o mundo;

FORA, pelos valores moldados no obscurantismo da Tradição, Família e Propriedade;

FORA, pela cafonice;

FORA, pela parvoíce;

FORA, pela impostura do seu uso de mesóclise;

FORA, pelo flashback imperdoável de 1964 que provoca;

FORA, por submeter o país ao seu modelo obsceno de relacionamento a dois;

FORA todo seu ministério caindo aos pedaços de machos brancos indiciados pela Justiça e iludidos de que o mundo ainda lhes pertence;

FORA, pela gritante falta de estatura para ser presidente;

FORA, por seu desdém por mulher, pela cultura, pelo meio ambiente, pelas populações indígenas, pela pesquisa e pelo social;

FORA, por ter calculado que se safaria com essa impostura criminosa a que submeteu 200 milhões de pessoas;

FORA pela ladroeira;

FORA por interromper nosso projeto democrático, mas, sobretudo,

FORA por desmontar irremediavelmente o funcionamento das nossas instituições. 

Que você termine seus dias atrás das grades junto com os outros pilantras do PMDB.
#FORATEMER!

Vídeos: Temer é recebido na Paraíba: "Olê Olê Olê Olá, Lula, Lula"

Vídeos: Michel Temer é hostilizado na Paraíba, em inauguração da Transposição do rio São Francisco 


Michel Temer embarcou na sexta-feira (10) para Campina Grande, na Paraíba, onde fez uma visita ao Complexo Multimodal Aluízio Campos.

De lá, o peemedebista seguiu aos municípios de Sertânia e de Monteiro para ver a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco.

Embora Temer não reconheça, a iniciativa do projeto foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2007, com o objetivo de abastecer cidades nordestinas que sofrem com a seca.

A população do estado, no entanto, fez questão de reconhecer o esforço do petista. Uma multidão se reuniu para receber o atual presidente ao som de vaias. Os manifestantes entoaram gritos de “Fora, Temer” e “Olê, ole, olá… Lula, Lula”.


Texto Revista Fórum






terça-feira, 7 de março de 2017

Dilma: "Golpistas não têm direito de surfar no sucesso da Transposição"


A verdade sobre a integração do São Francisco


7 de Março de 2017

A integração do São Francisco é obra de Dilma e Lula

Mais importante obra de infraestrutura realizada no Nordeste em toda a história da República, o projeto de integração do São Francisco finalmente começa a levar água às regiões mais carentes do semiárido brasileiro. Mas, diferentemente do que tenta fazer crer jornalistas da imprensa nacional, e mesmo o ilegítimo governo de Michel Temer, a obra jamais esteve paralisada durante a gestão de Dilma Rousseff. Foi iniciada no governo Lula, ainda em 2007, e teve quase sua totalidade construída e concluída no governo da ex-presidenta.

Esse projeto, sonhado ainda nos tempos de Dom Pedro 2º, desprezado por Fernando Henrique Cardoso, e que só saiu do papel nos governos do PT, vai garantir água a 12 milhões de habitantes que vivem em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. No total, o projeto tem 477 km de extensão, organizados em dois eixos de transferência de água: Norte e Leste. A obra engloba a construção de nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, quatro túneis, 13 aquedutos, nove subestações de energia e 270 km de linhas transmissão. 

A oposição de outrora comemora como se fosse um feito do governo Temer a chegada da água no sertão, noticiada no final de semana. Mentira. O projeto só não foi entregue por Dilma porque os setores mais atrasados da política brasileira, aliados às parcelas mais indignas da imprensa nacional e as velhas oligarquias, além de conservadores e políticos oportunistas – do PSDB e DEM e muitos do PMDB – arquitetaram e promoveram o Golpe de 2016. De maneira anti-democrática, esses setores retiraram do governo a presidenta eleita por 54,5 milhões de votos em 2014, usando como pretexto um impeachment baseado em inexistente crime de responsabilidade.

Em 6 de maio do ano passado, antes, portanto, do seu afastamento da Presidência, Dilma visitou o Reservatório Terra Nova e a Estação de Bombeamento (EBI-2), do Eixo Norte, em Cabrobó (PE). Os jornais cobriram de maneira tímida a visita. A opção, claro, foi sobre o que Dilma disse em seu discurso sobre o processo de impeachment, cuja comissão acabava de ser instalada pelo Senado Federal. A cobertura pode ser conferida na Folha, no G1 ou, por exemplo, no Jornal do Commercio, de Pernambuco.

Os fatos e números

Com investimento previsto de R$ 9,6 bilhões do Orçamento da União, o projeto de integração do São Francisco teve, até abril de 2016, R$ 7,95 bilhões executados com dinheiro do Orçamento da União. Isso significa que nada menos do que 86,3% da obra estavam concluídos até abril do ano passado, quando havia 10,3 mil trabalhadores nos canteiros das obras.
Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco. Dados atualizados até abril de 2016. (Fonte: Ministério da Integração Nacional)
Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco. Dados atualizados até abril de 2016. (Fonte: Ministério da Integração Nacional)


Com 260 km de canais, o Eixo Norte do projeto (quadro acima) teve 87,7% de execução concluídos até abril de 2016. Em Pernambuco, os municípios diretamente beneficiados foram Cabrobó, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, Terra Nova e Verdejante. No Ceará, as cidades beneficiadas foram Barro, Brejo Santo, Jati, Mauriti e Penaforte. Na Paraíba, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Monte Horebe e São José de Piranhas. E, finalmente, na Bahia, os municípios de Abaré e Curaçá.

Eixo Leste do Projeto de Integração do São Francisco. Dados atualizados até abril de 2016. (Fonte: Ministério da Integração Nacional)
Eixo Leste do Projeto de Integração do São Francisco. Dados atualizados até abril de 2016. (Fonte: Ministério da Integração Nacional)


Já o Eixo Leste, com 217 km de canais, teve até abril do ano passado 84,4% de suas obras executadas. Em Pernambuco, os municípios diretamente beneficiados foram Betânia, Custódia, Floresta, Petrolândia e Sertânia. Na Paraíba, a cidade de Monteiro foi a beneficiada pelas águas.

Estes são os fatos. Tais números podem ser conferidos no sumário executivo (anexo), que estava disponível no site do Ministério da Integração Nacional até maio do ano passado, antes de ser apagado, de maneira irresponsável e criminosa, pelo governo ilegítimo de Michel Temer.



Assessoria de Imprensa

segunda-feira, 6 de março de 2017

“Reforma do Ensino Médio é para pobres e contra os pobres” diz Gaudêncio Frigotto em audiência pública





Educadores de todo o Estado, estudantes, sindicalistas, militantes sociais, além da população em geral, lotaram as galerias da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE) para acompanhar a Audiência Pública que debate a famigerada reforma do ensino médio do Governo Temer com o professor e filósofo Gaudêncio Frigotto, referência no debate sobre ensino médio e no tema de educação e trabalho. Iniciativa da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da ALESE, presidida pela deputada estadual Ana Lúcia, a Audiência Pública aconteceu na manhã desta sexta-feira, 03, na tribuna da Casa Legislativa.

Gaudêncio defende que a reforma do ensino médio que está sendo implementada pelo Governo ilegítimo de Michel Temer tem opção clara de classe e, portanto, intensifica as desigualdades sociais. Para o pesquisador, a medida prioriza a fragmentação do conhecimento, o tecnicismo e, por este motivo, não oferece alternativas reais de aprofundamento do aprendizado a cerca de 85% da população, que acessa a educação pública. “A reforma é enganosa porque ela promete emprego fácil ao jovem, num mundo de profundo desemprego estrutural”, destacou.

Desta forma, avalia Frigotto, as escolas vão continuar preparando os jovens das camadas populares para empregos meramente técnicos. “Com essa reforma, os filhos da classe trabalhadora terão acesso a um ensino médio mínimo, para uma vida igualmente mínima. Esta é uma reforma para pobre e contra os pobres”, avaliou o professor e filósofo. “Essa contra-reforma do ensino médio é filosoficamente , cientificamente, tecnicamente e humanamente inaceitável”, resumiu.

A deputada estadual Ana Lúcia denunciou ainda o autoritarismo do governo ilegítimo de Michel Temer no processo de implantação da reforma: apresentada às pressas por meio de Medida Provisória e sem amplo debate com os setores afetados pela medida, a exemplo de professores, estudantes e a comunidade escolar. “A medida reflete o momento em que vivemos: um estado de exceção. Nem a ditadura militar utilizou o instrumento de Medida Provisória para implementar reforma desse porte”, lamentou a parlamentar.

Ana Lúcia destaca que não é contra o modelo de educação integral, porém, ponderou a necessidade de se prover condições adequadas de aprendizado para os estudantes e de trabalho para os professores para que este modelo possa ser implementado. Ela defende que é preciso tornar a escola mais atrativa, transformando-a verdadeiramente um espaço de socialização de conhecimento e da cultura. “O que vão fazer os adolescentes e jovens de 14 a 18 anos durante sete horas por dia, sem qualquer opção de atividades que gerem interesse e ampliem o nível cultural dessa juventude?”, questionou, ressaltando que diversas experiências de educação integral foram bem sucedidas em outros locais, porém, sempre levando em consideração o investimento na estrutura física e pedagógica da escola, além do auxílio financeiro aos estudantes.

Em Sergipe



Em Sergipe, a chamada contra-reforma do ensino médio já começou. O professor e dirigente do SINTESE, Paulo Fernandes Lira, explicou que o Governo do Estado de Sergipe já está em processo de implementação da jornada em tempo integral na educação pública. Num primeiro momento, a Secretaria de Estado de Educação (SEED) tentou transformar 18 escolas da rede em tempo integral, porém, 13 delas se negaram a aceitar a medida, e então a SEED buscou outras 12 unidades de ensino para implementar a medida.

O vereador, presidente da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Aracaju e professor da rede estadual, Iran Barbosa, relatou que tem recebido de professores diversas denúncias de irregularidades cometidas pela Secretaria de Estado da Educação, a exemplo da fraude de atas de conselhos escolares para justificar a implantação da jornada em tempo integral. “A proposta de reforma de ensino Médio é o desdobramento do conteúdo do próprio golpe. Mais do que isso, essa reforma aqui em Sergipe está sendo o prolongamento do método do golpe. Aqui, para ser aplicada, a reforma está se embasando na mentira, na fraude, na desfaçatez e na dissimulação”, destacou o parlamentar.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (SINTESE), Ivonete Cruz, reiterou o método adotado pela SEED na implementação da reforma do ensino médio. “Este é um modelo excludente, discriminatório que o Governo do Estado está tentando implementar em Sergipe através da fraude. Primeiro os professores rejeitaram a proposta por meio de documento, depois o Secretário passou a utilizar o método da imposição, através da utilização dos Conselhos Escolares de forma ilegal. A gente precisa resistir e enfrentar”, destacou.

Sobre Gaudêncio Frigotto

Considerado um dos mais importantes teóricos brasileiros em atividade no campo da educação, Gaudêncio Frigotto é mestre em Administração de Sistemas Educacionais e doutor em Educação: História, Política, Sociedade. É ainda professor do Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e professor de Economia Política da Educação aposentado – na Universidade Federal Fluminense. Sua produção acadêmica, que inclui mais de 20 livros e 70 capítulos de livros como autor e/ou co-autor, abordam em especial temas como educação e trabalho, educação básica e educação técnica e profissional na perspectiva da politecnia, além de educação e relações de classe do capitalismo no Brasil.



Por Assessoria Parlamentar
Fotos: Jadilson Simões

Ainda somos os mesmos



O Brasil ainda vivia sob a ditadura militar quando o Partido dos Trabalhadores (PT) foi fundado. Em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion (SP), o PT surgiu com a necessidade de promover mudanças na vida de trabalhadores da cidade e do campo, militantes de esquerda, intelectuais e artistas.
Foi em um contexto político, econômico e social marcado por intensas mobilizações que o líder sindical e principal fundador do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se um dos protagonistas da história de luta contra as injustiças existentes no País. E a primeira conquista veio com o reconhecimento oficial do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do PT como um partido político brasileiro, em 11 de fevereiro de 1982.
O PT se tornou, junto com Lula, o maior protagonista da história de luta contra as injustiças existentes no País. Ainda somos os mesmos

Parte do Depoimento de Tarso Genro ao Juiz Sérgio Moro

domingo, 5 de março de 2017

Temer faz rodízio entre investigados da Lava Jato na liderança do governo


Presidente confirma ida de Romero Jucá para a liderança do governo no Senado e a indicação de André Moura como representante do Planalto nas discussões do Congresso. Vaga deixada por ele na Câmara é ocupada por Aguinaldo Ribeiro. Os três são acusados de crimes no STF.
O presidente Michel Temer resolveu fazer um rodízio entre parlamentares investigados na Operação Lava Jato ao definir as novas lideranças do governo. O peemedebista confirmou, neste sábado, a ida do senador Romero Jucá (PMDB-RR) para a representação do governo no Senado. A vaga deixada por Jucá como líder do Planalto no Congresso será ocupada pelo deputado André Moura (PSC-SE), que respondeu por Temer na Câmara até o final de fevereiro, quando foi substituído na função por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Embora sejam de três partidos diferentes (PMDB, PSC e PP), os três têm muito comum: todos são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro em inquéritos relacionados ao esquema de desvios criminosos na Petrobras. E também acumulam outras acusações criminais.
As denúncias não constrangem o presidente, citado também em delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Ao todo, cinco ministros de Temer respondem a acusações criminais no Supremo e nove foram delatados ou aparecem na planilha da Odebrecht.
Jucá voltará a ocupar o cargo no qual se sente mais à vontade. O atual presidente do PMDB será líder no Senado do quarto presidente consecutivo. O senador por Roraima já liderou os governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula e Dilma (PT). Desde a redemocratização, Jucá só não foi líder de três presidentes: José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco. No ano passado, sua passagem pelo Ministério do Planejamento se resumiu a uma semana e meia. Deixou a pasta após a divulgação de áudios com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em que defendia a troca de governo para “estancar a sangria” da Lava Jato.
O velho novo líder do governo no Senado é alvo de oito investigações no Supremo. No Inquérito 3989, da Lava Jato, Jucá responde pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. Também é investigado nos inquéritos 3297, 2116, 2963 por crimes eleitorais, de responsabilidade e contra a ordem tributária, apropriação indébita previdenciária e falsidade ideológica. Apenas em 2016, mais quatro inquéritos (4211, 4267, 4326 e 4347) foram instaurados na corte contra o senador. Em ampla maioria, as investigações são por crimes de corrupção passiva e ativa, ocultação de bens e formação de quadrilha.
Um dos procedimentos diz respeito à origem e ao destino de R$ 100 mil jogados para fora de um carro por um de seus auxiliares momentos antes de ser abordado pela polícia. O ato ocorreu durante a campanha eleitoral de 2010. O assessor disse que o dinheiro seria usado na campanha de Jucá.

Réu três vezes


Já o novo líder do governo no Congresso, André Moura, responde a quatro inquéritos e três ações penais. Uma das suspeitas é por tentativa de assassinato. Ele chegou a ser barrado pela Lei da Ficha, em 2014, devido a uma condenação por improbidade administrativa e a contas rejeitadas quando era prefeito de Pirambu (SE). Sua gestão à frente do município sergipano deixou um rastro de complicações na Justiça. As acusações contra o parlamentar vão de desvio ou utilização de bens públicos, improbidade administrativa, apropriação indébita e crime de responsabilidade.
Na Lava Jato, ele é suspeito de atuar em conjunto com outros aliados de Eduardo Cunha para chantagear empresas na Câmara. Mais: um ex-prefeito, com o qual rompeu politicamente após anos de aliança, o acusa de tentativa de assassinato. O parlamentar atribui as denúncias a desavenças locais.
Ex-líder do PP, Aguinaldo Ribeiro será a voz do Planalto na Câmara. O deputado responde a dois inquéritos no Supremo, um deles da Lava Jato. O novo líder do governo é suspeito de ter recebido dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras na cota de seu partido, que controlava a Diretoria de Abastecimento da estatal.

Por Edson Sardinha

sábado, 4 de março de 2017

Governo pressiona senadores a recuarem de CPI da Previdência




3 de março de 2017 
  • A oposição conseguiu 30 assinaturas para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da reforma da Previdência para que o processo seja instaurado no Senado. No entanto, o senador Paulo Paim (PT-RS), denuncia que o governo Temer já pressiona parlamentares da sua base a retirar as assinaturas do requerimento.
“O governo está pressionando senadores e pedindo que recuem. Isso é um absurdo e precisa ser combatido", afirma o senador, que pede o apoio da centrais sindicais e demais entidades que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência para barrar a manobra do governo em seus estados.
  • Paim destaca a importância da instauração da CPI. “Precisamos fazer uma devassa nas contas da Previdência, saber quem realmente sonega, quem são os grandes devedores. Trabalhamos com uma cifra impressionante de R$ 1 trilhão em sonegação”, explica Paim, lembrando que o déficit alegado pelo governo não existe.
Para o Senador, a reforma proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer é “absolutamente desnecessária” e precisa ser debatida com a sociedade.
  • “É possível barrar a Reforma da Previdência. Vamos provar que o único intuito que esse governo tem é privatizar a Previdência”, asseverou.
Paim reforça ainda que a CPI fortalece o diálogo com o povo. "Essa proposta chegou em nossas mãos sem passar pelas ruas, temos que ir em todos os estados e saber o que pensam os brasileiros”, enfatiza. 

Com informações da CUT

quinta-feira, 2 de março de 2017

Procurador do mensalão nega ilícitos de Lula a Moro


02/03/2017 - 15:54
Atualizado em 02/03/2017 - 16:21
  • Jornal GGN - Em novos depoimentos prestados ao juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, os antecessores de Rodrigo Janot e ex-procuradores da República, Cláudio Fonteles e Antônio Fernando de Souza, afirmaram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rompeu práticas de governos anteriores, de nomear pessoas de confiança do governo para funções públicas e cargos de primeiro e segundo escalão.
Fonteles atuou no Ministério Público Federal (MPF) de 2003 a 2005, e Souza de 2005 a 2009. Ambos foram os primeiros colocados de uma lista tríplice votada pelos próprios procuradores, iniciada com o governo Lula, o que concedeu à corporação caráter de maior autonomia e independência.
  • Prestando depoimento nos processos que colocam Lula como réu do chamado triplex do Guarujá, que sustenta o suposto benefício do ex-presidente com obras de empreiteira, como favorecimento por esquema de corrupção, os procuradores enfatizaram que Lula, ao contrário das supostas benesses, fortaleceu os órgãos de investigação, sobretudo relacionados ao combate da corrupção e, inclusive, o Ministério Público, possibilitando-o a atuar a entidade nas atuais investigações.
Ainda, em um dos desdobramentos da denúncia dos procuradores da República, os investigadores sustentavam que o ex-presidente e seu grupo político foram os responsáveis por manter as supostas práticas ilícitas deflagradas na ação penal 470, o chamado "mensalão", no caso da Petrobras.
  • Nessa linha, os advogados do ex-presidente convidaram o procurador Antônio Fernando, que foi o responsável por oferecer a denúncia do mensalão. O procurador disse que Lula não teve qualquer envolvimento nos fatos apurados à época e que, por isso, sequer foi incluído nas investigações.
Ressaltou, ainda, que "denunciar Lula seria um ato político", uma vez que não era possível comprovar qualquer ilícito supostamente praticado pelo ex-presidente, como sustentam os procuradores da Lava Jato e os delegados da Polícia Federal.
  • Fernando defendeu que a denúncia deve ser decorrente de elementos probatórios que a sustentam e não podem ser estimuladas por atos voluntários de acusadores. Até o momento, já somam 67 testemunhas ouvidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o advogado Cristiano Zanin Martins, do total de depoimentos, nenhum confirmou a tese da Lava Jato ou apresentou "nenhuma prova contra o ex-presidente".

Em detalhes o esquema de corrupção das Empreiteiras

Benedicto Barbosa da Silva Junior,

  • Benedicto Barbosa da Silva Junior, de 55 anos, passou trinta deles na Odebrecht. Entrou como trainee, recém-saído da Escola de Engenharia Civil de Lins, no interior de São Paulo, e tornou-se presidente da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) – terceiro nome na hierarquia do grupo, considerado o patrimônio da divisão que comanda. Nesse período, construiu não apenas uma carreira de sucesso, mas também uma relação de proximidade com o herdeiro da gigante, Marcelo Odebrecht. Alvo da Acarajé, 23ª fase da Operação Lava Jato, Barbosa juntou-se ao chefe novamente nesta semana, ao ser preso pela Polícia Federal. Ele foi solto na tarde desta sexta-feira após expirar o prazo de cinco dias da prisão temporária.
Foi justamente a proximidade com Odebrecht que contribuiu para levar BJ, como o executivo é mais conhecido, para trás das grades. Segundo os investigadores, há indícios de que Barbosa era quem fazia a ponte entre a empresa e os políticos, o homem a ser “acionado” quando houvesse necessidade de intermediação de autoridades públicas. “É possível verificar que Benedicto é pessoa acionada por Marcelo para tratar de assuntos referentes ao meio político, inclusive a obtenção de apoio financeiro”, diz inquérito da PF assinado pelo delegado Filipe Hille Pace.
  • Segundo o advogado Nélio Machado, em depoimento na quarta-feira, BJ explicou à PF como a Odebrecht repassou recursos – segundo ele, legais – aos políticos. “Ele explicou como é que se faz. Durante décadas as empresas fizeram doações eleitorais, é um critério plural”, disse o defensor. Em decisão desta sexta, o juiz federal Sergio Moro decidiu liberá-lo, com a ressalva de que ele não pode sair do país nem mudar de endereço. “Apesar apesar de seu posto executivo elevado no Grupo Odebrecht, consta que, aparentemente, os principais executivos da empresa envolvidos com as operações financeiras secretas já se encontram presos cautelarmente”, escreveu Moro.
O principal fundamento do pedido de prisão apresentado pelo Ministério Público Federal é o de que, assim como Marcelo, BJ teria pleno conhecimento do esquema criminoso instaurado na Petrobras. “No curso das investigações relacionadas ao Grupo Odebrecht, foi possível identificar outros executivos que se encontravam proximamente vinculados ao presidente Marcelo Bahia Odebrecht, e sob os quais pairam indícios de que tenham ativamente participado da organização criminosa formada no âmbito daquele conglomerado empresarial para a prática de ilícitos penais. Um deles é Benedicto Barbosa da Silva Junior”, diz o texto.
  • BJ teve uma carreira meteórica na Odebrecht. Em apenas quatro anos, foi de trainee a gerente de contrato. Especializou-se em obras de alta complexidade, como hidrelétricas e metrô – chamavam-no quando era preciso resolver questões “irresolvíveis”. Era conhecido pelos outros funcionários como alguém de “linha de frente”, que preferia visitar os canteiros de obras a ficar trancado no escritório no Rio de Janeiro. No seu vasto portfólio, destacam-se a construção do metrô de Copacabana, no Rio, e a Usina de Três Gargantas, na China, uma das maiores do mundo.
Além disso, foi diretor superintendente da empresa no Sudeste Asiático, trabalhando de Kuala Lumpur, capital da Malásia. Em 2008, tornou-se presidente da CNO, ficando encarregado das – controversas – obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Torcedor fanático do Corinthians, cuidou pessoalmente da construção da arena do seu time de coração, em São Paulo. Junto com um consórcio formado com a Andrade Gutierrez, também foi responsável pela reforma do Maracanã.
  • Em um texto publicado pela agência Odebrecht, Júnior é apresentado como mais um do “bando de loucos” – referência a um canto da torcida organizada do Corinthians. Ele, inclusive, aparece em fotos com o ex-presidente do clube Andres Sanchez e o ex-presidente Lula, também corintiano, na época de fechamento do contrato entre a empresa e o clube. Outra matéria conta que o seu escritório é decorado com uma camisa do time preto e branco e miniaturas de trator. Em outro texto, intitulado “Relatos Inspiradores”, ele chega a falar sobre a sua relação com o herdeiro da companhia. “Agora tenho contato com o Marcelo Odebrecht, que complementa minha visão empresarial com seu arrojo”, diz na publicação.
Pelos diálogos interceptados pela PF, o contato de BJ com Marcelo parece ir além de uma mera relação empresarial. Apesar de separados por cerca de 400 quilômetros – Marcelo ficava em São Paulo, e ele, no Rio -, os dois parecem manter um contato constante, principalmente sobre assuntos políticos. Trocam entre si elogios e “xingamentos”, repassam vídeos humorísticos do Youtube, comentam “erros” da presidente Dilma Rousseff no debate eleitoral, falam de parlamentares e até especulam sobre os rumos da Lava Jato – obviamente, antes de Marcelo ser preso na Erga Omnes. “Vi agora. Pela hora que você chegou às 10h30 podia ter subido! Não atrapalha nunca, pelo contrário facilita e ajuda!”, diz uma mensagem de Marcelo a BJ após ele, aparentemente, ter esperado para ser recebido pelo então presidente da holding.
  • Como os parlamentares têm foro privilegiado, a PF precisou esconder com tarja preta os nomes dos parlamentares que surgem aos montes nas mensagens – eles foram ocultados em ao menos dez vezes. O único que aparece sem a rasura é a sigla SCF referente ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho, segundo a PF. “Vc acabou não falando depois. Está preocupado com SCF e outros no tema MF?”, pergunta Marcelo, sobre o envolvimento de outro executivo afastado da companhia Márcio Faria com o ex-governador. Benedito, então, responde: “Ok. Preciso resolver 100 mil (nome de algum político com foro). Vou aproveitar este momento PT/PSDB”. Marcelo diz: “Não entendi. Depois você me fala seguro”. Com a última mensagem, a PF constatou que a dupla mantinha um canal de comunicação restrito para tratar de temas “escusos”.
Na época das eleições presidenciais de 2014, Marcelo envia a BJ um vídeo do Youtube que satiriza a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves. “Muito divertido”, comenta. Na sequência, a dupla cita a página Dilma Bolada seguida pela frase “DR pagou 1 mi”, escrita por BJ. “Exato”, responde o chefe. A PF levantou a suspeita de que os dois falam sobre o pagamento a “pseudohumoristas”, conforme escreveu o delegado, “visando a promoção de ataques a outros candidatos”. O juiz federal Sergio Moro também destacou, em despacho, que a PF identificou duas reuniões entre BJ e o ex-ministro José Dirceu em outubro de 2010 e abril de 2011.
  • Com uma carreira invejável, BJ ganhou, em janeiro de 2014, o prêmio “O Equilibrista” do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF). Segundo nota do instituto, a homenagem é uma espécie de “Oscar do setor”. Nos registros da Câmara Municipal de Lins, também consta que Júnior ganhou o título de “Cidadão Benemérito” da cidade por seus “relevantes serviços prestados ao município”.
A alcunha BJ também aparece com recorrência em uma planilha associada a valores, que foi apreendida em um e-mail secreto do ex-executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio, preso na Suíça enquanto tentava retirar dinheiro de contas bancárias. Segundo as investigações, a tabela trata de repasse de dinheiro a partidos políticos, especialmente ao PT. A defesa de BJ disse que ele não “tem condições” de falar sobre a planilha, pois a desconhece totalmente.
  • “Marcelo Bahia Odebrecht é o verdadeiro gestor de tais ‘créditos’. Benedicto Barbosa Júnior, por sua vez, desempenha posição igualmente relevante na administração da conta, basta lembrar que na planilha a sigla ‘BJ’ é a que apresenta as maiores cifras, sendo permitida a conclusão de que a maior parte de recursos espúrios eram originados da área dentro da Odebrecht controlada por Benedicto”, diz o inquérito.Esta não é a primeira vez que Benedicto Barbosa Júnior é citado na Operação Lava Jato. Em uma troca de mensagens entre o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, seu nome é mencionado pelo peemedebista como alguém capaz de ajudar a resolver problemas. “Tive com Júnior e pedi para ele doar por vc ao Henrique (Eduardo Alves). Ele, então, recebe um “OK” de Leo Pinheiro. “Tocando com Júnior aqui, na pressão. Ele vai resolver e se entende com vc”, responde Cunha. BJ também está na lista de presenteados de Pinheiro. O executivo da OAS tinha o hábito de presentear parlamentares, ministros e empreiteiros em datas comemorativas. Para Júnior, ele deu uma biografia do jogador argentino Lionel Messi.
Em nota, a Odebrecht classificou a prisão de BJ como “medida extrema e injusta” e ressaltou que ele sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos à Lava Jato. No seu lugar, entrou em caráter interino o engenheiro Carlos Hermanny Filho.

Confira a nota da Odebrecht na íntegra:
A Construtora Norberto Odebrecht esclarece que Benedicto Barbosa da Silva Junior sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações em curso, sendo sua detenção uma medida extrema e injusta. Em seu lugar, para desempenhar interinamente as funções de líder empresarial, foi designado o engenheiro Carlos Hermanny Filho. Ambos ingressaram na empresa ainda como estagiários, na década de 80, tendo participado de importantes obras no país e no exterior. A CNO dispõe de sólido sistema interno de compliance, alinhada com os mais rigorosos padrões internacionais. A empresa reafirma sua confiança na Justiça, com a firme disposição de atuar para o esclarecimento de qualquer fato ou dúvida.
Por João Pedroso de Campos
Veja em detalhes aqui http://bit.ly/2mJU3ro

A morte de Celso Daniel não foi política

"É fácil fazer teoria da conspiração, 
mas a morte de Celso Daniel não foi política”

Marcos Carneiro Lima, que trabalhou na Divisão Anti-Sequestro entre os anos 90 e 2000, trabalhou também na Corregedoria da Polícia e no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), depois como delegado geral em São Paulo, comandando a Polícia Civil. Ele conhece muito bem um personagem central do assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, que volta ao noticiário pelas mãos da Lava Jato. Monstro, líder da quadrilha que sequestrou, torturou e matou Daniel, era objeto de estudo de Lima há muito tempo, quando o crime aconteceu. Atualmente dando aulas na Academia de Polícia, o delegado, agora aposentado, diz que se incomoda com as ilações políticas sobre o caso, que coincidem com períodos eleitorais

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