sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O Governo do PSDB, a Sanepar, a corrupção e a perseguição

Carlos Alberto Richa, do PSDB, Governador do Estado do Parana

  • Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) é uma empresa (uma estatal de economia mista) brasileira que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico em cidades do Estado do Paraná.
História:

O governador do estado Ney Amintas de Barros Braga sancionou a Lei nº4.684 de 23 de janeiro de autorizando o poder executivo a constituir uma sociedade por ações, com a denominação social de Companhia de Água e Esgotos do Paraná (AGEPAR), para promover o saneamento básico do Estado. Em 30 de dezembro de 1963 foi lavrada a escritura pública de constituição da Agepar e seus estatutos sociais, data considerada judicialmente como de fundação da empresa.
A situação do saneamento básico do Paraná era a seguinte:
  • 8,3% da população era servida por rede de água;
  • 4,1% da população tinha rede de coleta e remoção de esgotos;
  • das 221 sedes municipais, 13 possuíam os serviços de água e esgotos e 37 apenas o de água.
A Companhia de Água e Esgotos do Paraná (AGEPAR) teve sua denominação alterada para Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR) no dia 19 de junho de 1964, através da Lei nº4.878. O primeiro diretor-presidente foi Osiris Stenghel Guimarães.
  • O governador Pedro Viriato Parigot de Souza, sancionou o Decreto nº1.194, no dia 30 de dezembro de 1971, incorporando o DAE à Sanepar, que passou a explorar, manter e operar os sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgotos nas cidades de Cambará, Campo Mourão, Castro, Cornélio Procópio, Curitiba, Foz do Iguaçu, Irati, Lapa, Palmeira, Piraí do Sul, Piraquara, Rio Negro, Santo Antônio da Platina, São José dos Pinhais e Siqueira Campos.
O maior acionista é o governo do Paraná, que detém 60% das ações e o principal acionista minoritário é o Consórcio Dominó, formado por capitais nacionais e franceses.

Vejam aqui os detalhes dos milhões desviados
Nas paginas 02 a 05 e 442 a 452


Vejam abaixo a perseguição 
e pedido de socorro da denunciante :

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Tucanos e governo Temer articulam para “endireitar” a UNE

Tucanos e governo Temer articulam para “endireitar” a UNE

O PSDB e o Palácio do Planalto articulam para tirar a União Nacional dos Estudantes (UNE) das mãos do PT, PCdoB e da União Juventude Socialista. O candidato inventado pelos golpistas para o comando da UNE, entidade historicamente de esquerda, é o presidente da Juventude Nacional do PSDB, Henrique Vale (PR).
O projeto, que inclui o controle dos diretórios acadêmicos das universidades públicas, é mudar, a médio prazo, o perfil ideológico dos estudantes.




José Serra pede demissão: Será que tem 23 milhões de motivos para sair?


POR FERNANDO BRITO · 22/02/2017

Algo há no ar, além dos aviões de carreira, como dizia Apparício Torelly, o “Barão de Itararé”, patrono dos blogueiros.

Quando tudo parecia já estar em recesso carnavalesco, surge uma carta-bomba de José Serra, pedindo exoneração do Ministério das Relações Exteriores, em tese por problemas de saúde.

Ao que se saiba, Serra não baixou enfermaria nos últimos tempo e – salvo algum diagnóstico indesejado, até por seus adversários – não dava sinais de qualquer moléstia.

O fato objetivo é que a escalada de Alexandre de Moraes, tucano de outras ninhadas, ao Supremo tribunal Federal não deve ter descido sem algum trauma.

Aliás, Serra, que era a jóia tucana no Governo Temer, em oito meses, perdeu o brilho e virou um ministro de segunda categoria.

Melhor, até em respeito ao ser humano, que não seja a saúde o motivo do “pede pra sair” de Serra, até por que ele fala em “restabelecimento adequado” em quatro meses.

Que seja apenas um desculpa para seu enfraquecimento, descartado que está de qualquer possibilidade de ser candidato a Presidente da República, cargo do qual ainda se considera herdeiro, injustiçado pelo destino.

E, claro, pelo voto.


http://www.tijolaco.com.br/blog/serra-para-sair-diz-que-tem-problemas-de-saude/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

OAB-SE propõe referendo sobre Reformas da Previdência e Trabalhista

Sergipe 247

O presidente da OAB de Sergipe, Henri Clay Andrade lançou  proposta de referendo popular sobre as reformas da previdência e trabalhista. 0 ato ocorreu durante o lançamento do comitê de defesa dos direitos sociais, em ato na Assembleia Legislativa, em Aracaju.

Segundo Henri Clay, a proposta do referendo será objeto de mobilização popular através de colheita assinaturas reivindicando decreto legislativo. "As reformas da previdência e trabalhista, inclusive o projeto de terceirização, que tramitam no Congresso Nacional, são matérias de acentuada relevância social, porque visam transformar a estrutura e a concepção do estado social brasileiro, com redução de direitos sociais fundamentais".

O movimento cívico de defesa dos direitos sociais reivindica, através das assinaturas abaixo firmadas, a convocação de referendo mediante decreto legislativo, para condicionar a aprovação dos projetos legislativos após consulta direta aos cidadãos brasileiros, precedida de amplo debate nacional, nos termos do art. 14 da Constituição Federal e da Lei 9.709/98.


http://www.brasil247.com/pt/247/sergipe247/280145/OAB-SE-prop%C5%8De-referendo-sobre-reformas-da-previd%C3%AAncia-e-trabalhista.htm


Lula exclusivo, sobre o desmonte da Previdência: "Querem mudar a regra do jogo, jogando a culpa da crise em cima do trabalhador".








https://www.youtube.com/watch?v=GA9cAPjZqHU

Temer propõe aumento para Forças Armadas em troca de apoio às mudanças na previdência 

JOANNE MOTA, 21 FEVEREIRO 2017

O governo Michel Temer sinaliza aumentar os salários das Forças Armadas em troca de apoio para mudanças no regime de aposentadoria dos militares.

De acordo com os interlocutores, entre as contrapartidas em estudo estão a concessão de auxílio-moradia para quem está na ativa e não mora em imóvel funcional (da União); reajuste dos adicionais incidentes sobre os soldos, além de volta da contagem de tempo de serviço para efeitos de gratificação (quanto mais tempo, maior o adicional).

Na brincadeira do “toma lá dá cá”, a equipe de Temer ainda indicou que a proposta acabará como o fim da paridade (de reajuste salarial entre ativos e inativos) e do provento integral, e o aumento da contribuição previdenciária, atualmente em 7,5%, para todos os militares, não só para os pensionistas — igualando à alíquota a dos servidores civis (de 11%).

Diferentemente do com ocorreu com a centrais sindicais, entidades representantes da classe trabalhadora, a equipe econômica de Temer afirmou que o está disposto a negociar com os militares em troca de mudanças no regime de aposentadoria da categoria.

Portal CTB - Com informações do O Globo

http://portalctb.org.br/site/noticias/brasil/31672-toma-la-da-ca-temer-propoe-aumento-de-salarios-das-forcas-armadas-em-troca-de-apoio-para-mudancas-no-regime-de-aposentadoria

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017



“O golpe não terminou. A segunda etapa pode ser muito mais radicalizada e repressora”


20/fev/2017



Marco Weissheimer

Quase seis meses depois da votação da última etapa do impeachment no Senado Federal, Dilma Rousseff olha para esse período não como uma página virada na sua história de vida ou na história política do país, mas sim como um processo em andamento. “O golpe não acabou”, afirma, advertindo para os riscos que a democracia brasileira corre com o desenrolar do processo golpista. Em entrevista ao Sul21, concedida em seu apartamento em Porto Alegre, Dilma Rousseff fala sobre as raízes profundas e aparentes do golpe, denuncia o desmonte de políticas sociais e de setores estratégicos para o país, como as indústrias naval e petrolífera, e aponta as tarefas que ela considera prioritárias para a esquerda e para todas as forças progressistas do país:

“A questão democrática é fundamental para nós. Sempre ganhamos quando a democracia se aprofundou e sempre perdemos quando ela foi restringida. O que está em jogo hoje é o que vai ser a eleição de 2018. Essa será a pauta a partir da metade do ano. Acho que o Lula, nesta história, cumprirá um papel muito importante, concorrendo ou não. A segunda etapa do golpe pode ser muito mais radicalizada e propensa à repressão. Nossa missão é garantir o maior espaço democrático possível, denunciar todas as tentativas de restrição das liberdades democráticas e tentar garantir em 2018 um processo que seja construído por baixo”, defende.

Sul21: A senhora disse que os articuladores do golpe subestimaram a crise política. Em que consiste exatamente essa subestimação?

Dilma Rousseff: Além dessa relação entre financeirização e aumento da desigualdade, há outro elemento importante. Uma sociedade com aumento abusivo de desigualdade acaba caminhando para ter medidas de exceção. Nós ganhamos quatro eleições. Acho que eles tinham perdido completamente a esperança de ganhar uma eleição dentro do método democrático e acabaram aplicando aquilo que o (Milton) Friedman disse para Pinochet, fazendo com que o politicamente impensável torne-se politicamente inevitável. Isso acabou acontecendo por meio de uma série de medidas. Um exemplo disso foi a atitude do Supremo em relação à nomeação de Lula como ministro. O STF impediu que o Lula assumisse a condição de chefe da Casa Civil e, agora, permitiu que Moreira Franco virasse ministro. Nos dois casos, o Supremo não poderia ter interferido. Ele só interferiu no segundo por causa do primeiro, adotando critérios diferentes nos dois casos.

Quando você não respeita a isonomia, o arbítrio passa a ser a regra e o estado de exceção vai se infiltrando progressivamente na democracia. O principal mecanismo do estado de exceção é construir guetos antidemocráticos. Esses guetos não são territoriais. Podem ser tendências. Um exemplo disso é quando o Tribunal Regional Federal da 4a região diz que é possível tomar medidas excepcionais quando se trata de um caso excepcional como a Lava Jato. Ou seja, pode até suspender a Constituição. Outro é aquilo que o procurador Dallagnol não teve o menor pudor de dizer sobre Lula: “não tenho provas, mas tenho convicção”.

Quando se entra em um processo de ruptura institucional, como é o caso do impeachment, por aí se abre o caminho principal para o estado de exceção. Cria-se entre os poderes um mundo sem lei. Se é possível acertar o Executivo, sem crime de responsabilidade, que é o poder representativo do Estado, tudo é permitido.

Sul21: Qual é, na sua avaliação, o peso e o papel da grande mídia comercial em todo esse processo?

Dilma Rousseff: Há, na minha opinião, um processo seríssimo envolvendo a mídia. Creio que o Brasil tem dois grandes problemas estruturais: precisa fazer uma Reforma Política e promover uma desconcentração econômica da mídia. Não se trata de democratização da mídia. Vamos chamar as coisas pelo nome. Só poderemos falar em democratização em um quadro onde não haja tamanha concentração econômica. Não quero controle de conteúdo. Quero que o Globo continue falando o que pensa, mas sem todo o poder econômico concentrado nele. Uma das coisas que o Eduardo Cunha negociou para ser presidente da Câmara foi que ele não deixaria andar qualquer projeto relacionado à desconcentração econômica da mídia. Tanto é que, um mês e meio antes de sua eleição para a presidência da Câmara, os jornais pararam de falar mal dele.

'Primeira vez que vejo um governo destruir o que está dando certo', diz presidente do BIRD




O presidente do Banco Mundial (Bird), Jim Yong Kim, criticou o governo de Michel Temer no programa 'Noite Total', da rádio Globo & CBN; ele disse que nunca viu um governo desmontar políticas populares em benefício do povo; "É a primeira vez que vejo um governo destruir o que está dando certo. Nós do Banco Mundial, o G8 e a ONU recomendamos os Programas sociais brasileiros para dezenas de países, tendo em vista os milhões de pobres brasileiros que saíram da extrema pobreza nos governos anteriores a esse", lamentou Jim Yong Kim


19 DE FEVEREIRO DE 2017

O presidente do Banco Mundial (Bird), Jim Yong Kim, criticou o governo de Michel Temer no programa 'Noite Total', da rádio Globo & CBN. Ele ressaltou que nunca viu um governo desmontar políticas populares em benefício do povo.

"É a primeira vez que vejo um governo destruir o que está dando certo. Nós do Banco Mundial, o G8 e a ONU recomendamos os Programas sociais brasileiros para dezenas de países, tendo em vista os milhões de pobres brasileiros que saíram da extrema pobreza nos governos anteriores a esse", lamentou Jim Yong Kim.

Ele fez ainda previsões sombrias para o Brasil. "Agora a fome vai aumentar consideravelmente em 2017. Cortar programas sociais que custam tão pouco ao governo, como o Bolsa Família, é uma coisa que não tem explicação".





domingo, 19 de fevereiro de 2017

E agora Gilmar ? "Celso de Mello valida a nomeação de Moreira Franco"

Tânia Rêgo / Agência Brasil


Carta Capital por Redação — publicado 14/02/2017 17h54, última modificação 14/02/2017 18h27
Mencionado 34 vezes em uma única delação, o peemedebista poderá assumir a Secretaria Geral da Presidência e terá foro privilegiado


Com o novo posto...
O “Angorá” das planilhas da Odebrecht só poderá ser julgado pelo STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu nesta terça-feira 14 liberar a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria Geral da Presidência, recriada por Michel Temer no início do mês para abrigar um de seus principais aliados, alvo da Operação Lava Jato. 
Em sua decisão, Mello considerou que não houve desvio de finalidade na indicação por parte de Temer, ou seja, que ele não indicou Moreira Franco para conceder a este status de ministro. "A nomeação de alguém para o cargo de Ministro de Estado, desde que preenchidos os requisitos previstos no art. 87 da Constituição da República, não configura, por si só, hipótese de desvio de finalidade", afirma o ministro em sua decisão.
Mello não considerou a decisão de Gilmar Mendes que impediu a posse do ex-presidente Lula como argumento para barrar a nomeação de Moreira Franco. Aproveitou ainda para elogiar o voto anterior de seu colega, "decisão essa cujo conteúdo mostra-se impregnado do brilho e da profundidade de análise que são peculiares aos pronunciamentos de Sua Excelência nesta Suprema Corte."
A decisão de Celso de Mello deve encerrar a guerra de liminares judiciais contra Moreira Franco. Na manhã da quinta-feira 9, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília, derrubou decisão proferida pela primeira instância, que barrou o peemedebista.
No mesmo dia, duas liminares, uma assinada por um juiz do Amapá e outra por uma magistrada do Rio de Janeiro, voltaram a cancelar a posse. Ambas as decisões foram revertidas na segunda instância, mas o TRF da 2ª Região, entendeu que o ministro não deveria ter direito à prerrogativa de foro.
Com o novo status de ministro de Estado, Moreira Franco, o “Angorá” das planilhas da Odebrecht, só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal. Está livre, portanto, da jurisdição do juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância. A Secretaria Geral da Presidência da República havia sido extinta em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff.
Antes da mudança anunciada por Temer, Moreira Franco era secretário-executivo do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI), que continuará sob os cuidados de sua nova pasta, também responsável pelas secretarias de comunicação e administração, além do cerimonial da Presidência. 
A medida foi anunciada por Temer na mesma semana em que o STF homologou 77 colaborações premiadas de executivos da Odebrecht. Na pré-delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, o promovido ministro Moreira Franco foi citado mais de 30 vezes, acusado de ter recebido dinheiro para defender os interesses da empreiteira no setor aeroportuário.


Gilmar Mendes suspende nomeação de Lula como ministro da Casa Civil


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, cassou a nomeação de Lula como chefe da Casa Civil. Em decisões desta sexta-feira (18/3) à noite, o ministro entendeu que houve desvio de finalidade na nomeação do ex-presidente para o cargo de ministro, já que, segundo ele, a presidente Dilma Rousseff apenas fez isso para que eventual denúncia contra Lula seja julgada pelo STF, onde é o foro por prerrogativa de função dos ministros de Estado.
Com a decisão do ministro do STF, as investigações contra o ex-presidente Lula no âmbito da "lava jato" voltam para o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde corre a operação.
De acordo com Gilmar, a nomeação de Lula é um caso de “ilícito atípico”. É o caso de um ilícito que tem “aparência de legalidade”, “destoam da razão que a justifica, escapam ao princípio e ao interesse que lhe é subjacente”.
Por isso, discute o ministro, a presidente Dilma Rousseff, quando nomeou Lula, aparentou fazer o que lhe permite o artigo 84, inciso I, da Constituição Federal: nomear ministros de Estado. “Mas, ao fazê-lo, produziu resultado concreto de todo incompatível com a ordem constitucional em vigor: conferir ao investigado foro no Supremo Tribunal Federal.”
A decisão de Gilmar Mendes se deu em dois mandados de segurança, um de autoria do PPS, e outro, do PSDB. Ambos afirmam que Lula foi nomeado ministro com o único intuito de dar a ele prerrogativa de foro no Supremo.
“Não importam os motivos subjetivos de quem pratica o ato ilícito. O vício, o ilícito, tem natureza objetiva. A bem dizer, a comprovação dos motivos subjetivos que impeliram a mandatária à prática, no caso em tela, configura elemento a mais a indicar a presença do vício em questão, isto é, do desvio de finalidade”, escreve o ministro, nas liminares.
Para Gilmar Mendes, o “desvio de finalidade” foi justamente nomear Lula para um ministério com a intenção de deslocar o foro que irá julgá-lo criminalmente. “É muito claro o tumulto causado ao progresso das investigações, pela mudança de foro. E ‘autoevidente’ que o deslocamento da competência é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais.”

Leia mais aqui http://bit.ly/2mcK7Ww


E agora Gilmar Celso de Mello valida a nomeação de Moreira Franco

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Ana Lúcia promove audiência pública contra privatização da Deso



A deputada estadual Ana Lúcia (PT) em parceria com o vereador de Aracaju, Iran Barbosa (PT), promoveu nessa quinta-feira (16), no plenário da Assembleia Legislativa, uma audiência pública para discutir com os trabalhadores da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) o processo de privatização da empresa pelo governo do Estado. Os servidores da Deso, da capital e do interior, prestigiaram o evento e lotaram o plenário, as galerias e até o hall de entrada do prédio. Alguns acompanham as discussões através de um carro de som, em uma barraca na Praça Fausto Cardoso.
Além dos “anfitriões” e dos funcionários da Deso, também participaram da audiência pública os deputados estaduais Capitão Samuel (PSL), Goretti Reis (PMDB), Maria Mendonça (PP), Georgeo Passos (PTC), Luciano Pimentel (PSB) e Morito Mattos (PROS). Estudantes, representantes de outros movimentos sociais, profissionais liberais e líderes sindicais também prestigiaram o evento.
Como debatedores estavam o Professor Luiz Roberto Santos Moraes, PhD (MAASA/EP/UFBA); e o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, Pedro Blois; o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe, Rubens Marques; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sergipe (OAB/SE), Henri Clay; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe (Sindisan), José Sérgio Passos; além do economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE), Luís Moura.
Na avaliação da deputada Ana Lúcia o evento superou todas as expectativas como “maior audiência publica da historia da Assembleia Legislativa”. “Foi muito positivo porque nós saímos daqui com a garantia que a OAB fará uma audiência pública no próximo dia 7 sobre esta questão. Nossa proposta é que no dia 22 de março, quando se comemora o Dia Nacional da Água, a gente possa fazer uma sessão especial trazendo o professor Luiz Roberto Moraes, que é um estudioso nessa área e que domina toda a legislação, estudando não apenas a questão da Deso, como também da Bahia e de outros Estados”.
Ana Lúcia também destacou que a partir dessa audiência pública todos os setores envolvidos vão iniciar um processo de convencimento e de diálogo em todo o Estado, tentado mobilizar a sociedade contra a privatização da Deso, que para ela é um patrimônio do povo sergipano. “A Deso não pode ser privatizada. A água, como elemento essencial à vida humana, não pode ser tratada como mercadoria. Junto com o vereador Iran Barbosa, a CUT e os trabalhadores, nós entendemos que era importante pautar logo isso”.
A deputada chamou a atenção para a necessidade da participação da bancada federal de Sergipe. “Nossos deputados federais e senadores precisam atuar para tirar do Estado essa obrigação de ter que privatizar sua Companhia de Saneamento para pagar dívidas. Isso não existe!”.

OAB:

O presidente da OAB Sergipe, Henri Clay, esclareceu que a entidade vai promover uma audiência pública, ouvindo todos os segmentos, para se manifestar sobre o assunto oficialmente. “A OAB precisa se inteirar. Eu fiquei muito impressionado com a palestra do professor Moraes sobre os aspectos sociais e econômicos. Nós sabemos que a água e o saneamento são bem essenciais à dignidade humana. É de fundamental importância que a Ordem e outros segmentos se engajem sobre este tema”, disse, confirmando a audiência par ao dia 7 de março, a partir das 15 horas.
Henri Clay disse que a entidade vai se inteirar dando vez e voz aos trabalhadores, sindicato, professores, especialistas e ao Governo do Estado. “Vamos estabelecer um debate democrático e científico sobre a possível privatização da Deso. A princípio os argumentos que o governador apresentou são infelizes, estéreis, quando ele, sem qualquer comprovação técnica, diz que a empresa é inviável e que os trabalhadores são desqualificados. Não podemos ficar neste nível de debate para um projeto tão importante e de repercussão tão profunda para a sociedade de privatização da empresa que é responsável pelo Saneamento Básico”.
O presidente da Ordem ainda fez um comparativo com a privatização da Energipe, antiga Companhia Elétrica de Sergipe. “Com a privatização nós estamos vendo que a tarifa de energia elétrica subiu mais de 1000%. Quando era uma estatal, as tarifas eram equivalentes com as da água. Há uma disparidade muito grande atualmente. Nossa preocupação é quanto ao acesso da população mais carente ao benefício da água. Este debate precisa ser mais aprofundado”, destacou.

Por Agência de Notícias Alese
Moraes foi advogado de Aécio, que irá sabatiná-lo




Campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe parlamentar de 2016, arruinando a economia brasileira, pagou mais de R$ 360 mil ao escritório de advocacia de Alexandre de Moraes, durante a campanha presidencial de 2014, em que foi derrotado; Aécio será um dos senadores que participarão da sabatina de Alexandre de Moraes como pré-requisito de sua alçada ao Supremo Tribunal Federal (STF); Moraes admitiu que "prestou serviços de consultoria jurídica nas áreas de Direito Constitucional e Administrativo, inclusive com a elaboração de argumentos, pareceres e memoriais"; Aécio não quis comentar sobre a sua relação com Moraes e a sabatina da terça


17 DE FEVEREIRO DE 2017 ÀS 21:05

A campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe parlamentar de 2016, arruinando a economia brasileira, pagou mais de R$ 360 mil ao escritório de advocacia de Alexandre de Moraes, durante a campanha presidencial de 2014, em que foi derrotado. 

Aécio será um dos senadores que participarão da sabatina de Alexandre de Moraes como pré-requisito de sua alçada ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Moraes se filiou à sigla em dezembro de 2015, quando era secretário de segurança pública de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin, e pediu recentemente sua desfiliação, ao ser indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para uma cadeira no STF.

Moraes admitiu que "prestou serviços de consultoria jurídica nas áreas de Direito Constitucional e Administrativo, inclusive com a elaboração de argumentos, pareceres e memoriais". O pagamento de R$ 364.652, 98 consta na prestação de contas disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Senadores podem se declarar impedidos de participar de votações na Casa por motivações pessoais, segundo o artigo 306 do Regimento Interno do Senado. Procurado pelo UOL, Aécio não quis comentar sobre a sua relação com Moraes e a sabatina da terça. 


































http://www.brasil247.com/pt/247/poder/281015/Moraes-foi-advogado-de-A%C3%A9cio-que-ir%C3%A1-sabatin%C3%A1-lo.htm
Dilma: Parabéns Raduan, pelo prêmio, e por não ficar calado diante do golpe




O discurso do escritor brasileiro Raduan Nassar, que denunciou o golpe e as arbitrariedades cometidas no Brasil ao receber o Prêmio Camões nesta sexta-feira, 17, foi elogiado pela presidente deposta Dilma Rousseff; "Parabéns, Raduan Nassar, pelo Prêmio Camões de literatura e pela coragem de "não ficar calado" diante do golpe e dos desmandos do governo ilegítimo", disse a presidente deposta em sua página no Facebook

17 DE FEVEREIRO DE 2017 ÀS 19:01

O discurso do escritor brasileiro Raduan Nassar, que denunciou o golpe e as arbitrariedades cometidas no Brasil ao receber o Prêmio Camões nesta sexta-feira, 17, foi elogiado pela presidente deposta Dilma Rousseff.

"Parabéns, Raduan Nassar, pelo Prêmio Camões de literatura e pela coragem de "não ficar calado" diante do golpe e dos desmandos do governo ilegítimo", disse a presidente deposta em sua página no Facebook.

Depois do discurso de Raduan, o ministro da Cultura, Roberto Freire, contrariando o protocolo, discursou por último, fez críticas ao homenageado. "Não existe nenhuma confusão em relação ao momento democrático que vive o Brasil", disse Freire, seguido de risos e vaias da plateia.

Confira íntegra do discurso de Raduan Nassar:

Excelentíssimo Senhor Embaixador de Portugal, Dr. Jorge Cabral.

Senhor Dr. Roberto Freire, Ministro da Cultura do governo em exercício.

Senhora Helena Severo, Presidente da Fundação Biblioteca Nacional.

Professor Jorge Schwartz, Diretor do Museu Lasar Segall.

Saudações a todos os convidados.

Tive dificuldade para entender o Prêmio Camões, ainda que concedido pelo voto unânime do júri. De todo modo, uma honraria a um brasileiro ter sido contemplado no berço de nossa língua.

Estive em Portugal em 1976, fascinado pelo país, resplandecente desde a Revolução dos Cravos no ano anterior. Além de amigos portugueses, fui sempre carinhosamente acolhido pela imprensa, escritores e meios acadêmicos lusitanos.

Portanto, Sr.Embaixador, muito obrigado a Portugal.

Infelizmente, nada é tão azul no nosso Brasil.

Vivemos tempos sombrios, muito sombrios: invasão na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo; invasão na Escola Nacional Florestan Fernandes; invasão nas escolas de ensino médio em muitos estados; a prisão de Guilherme Boulos, membro da Coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto; violência contra a oposição democrática ao manifestar-se na rua. Episódios todos perpetrados por Alexandre de Moraes.

Com curriculum mais amplo de truculência, Moraes propiciou também, por omissão, as tragédias nos presídios de Manaus e Roraima. Prima inclusive por uma incontinência verbal assustadora, de um partidarismo exacerbado, há vídeo, atestando a virulência da sua fala. E é esta figura exótica a indicada agora para o Supremo Tribunal Federal.

Os fatos mencionados configuram por extensão todo um governo repressor: contra o trabalhador, contra aposentadorias criteriosas, contra universidades federais de ensino gratuito, contra a diplomacia ativa e altiva de Celso Amorim. Governo atrelado por sinal ao neoliberalismo com sua escandalosa concentração da riqueza, o que vem desgraçando os pobres do mundo inteiro.

Mesmo de exceção, o governo que está aí foi posto, e continua amparado pelo Ministério Público e, de resto, pelo Supremo Tribunal Federal.

Prova da sustentação do governo em exercício aconteceu há três dias, quando o ministro Celso de Mello, com suas intervenções enfadonhas, acolheu o pleito de Moreira Franco. Citado 34 vezes numa única delação, o ministro Celso de Mello garantiu, com foro privilegiado, a blindagem ao alcunhado "Angorá". E acrescentou um elogio superlativo a um de seus pares, o ministro Gilmar Mendes, por ter barrado Lula para a Casa Civil, no governo Dilma. Dois pesos e duas medidas

É esse o Supremo que temos, ressalvadas poucas exceções. Coerente com seu passado à época do regime militar, o mesmo Supremo propiciou a reversão da nossa democracia: não impediu que Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados e réu na Corte, instaurasse o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Íntegra, eleita pelo voto popular, Dilma foi afastada definitivamente no Senado.

O golpe estava consumado!

Não há como ficar calado.

Obrigado

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/281000/Dilma-parab%C3%A9ns-Raduan-pelo-pr%C3%AAmio-e-por-n%C3%A3o-ficar-calado-diante-do-golpe.htm

Youtuber pago por Temer é notório por misoginia, homofobia e já fez post sobre Dilma de 4


Um dos youtubers que receberão quase R$ 300 mil do governo Michel Temer para elogiarem a reforma do ensino médio, Lukas Marques é conhecido por divulgar de racismo, xenofobia, homofobia e misoginia em seus posts; "Como estragar sua noite: imagine a Dilma de quatro pra você. De nada", escreveu o jovem em sua conta no Twitter; youtuber apagou várias das ofensas, mas os prints sobrevivem na internet; confira 14 prints que mostram como pensa o novo garoto-propaganda do MEC

17 de Fevereiro de 2017 às 18:01:
O Ministério da Educação irá pagar ao todo R$ 295 mil para bancar vídeos em seis canais no YouTube (Rafael Moreira, Malena, Você Sabia?, Pyong Lee, T3ddy e Rato Borrachudo) para falarem bem da proposta de reforma do ensino médio, recentemente sancionada por Michel Temer.
O canal Você Sabia recebeu R$ 65 mil para fazer um vídeo que chegasse à conclusão de que as mudanças seriam positivas para os jovens. O vídeo teve 1,7 milhão de visualizações.
Um dos responsáveis pelo canal é o youtuber Lukas Marques. Ativo nas redes sociais, Lukas é conhecido por divulgar de racismo, xenofobia, homofobia e misoginia em seus posts.
"Como estragar sua noite: imagine a Dilma de quatro pra você. De nada", escreveu o jovem em sua conta no Twitter. O youtuber apagou várias das ofensas, mas os prints sobrevivem na internet.

Governo contrata dupla de youtubers para falar sobre nova reforma do ensino médio

Governo contrata dupla de youtubers para falar sobre nova reforma do ensino médio

Falar a linguagem jovem com certeza é coisa de youtuber e disso até o presidente Michel Temer sabe, pois convidou o canal Você Sabia? para explicar as polêmicas mudanças no ensino médio. 
No filme, que custou R$ 65 mil para a federação, Lukas Marques e Daniel Molo, dois jovens com mais de sete milhões de inscritos, defendem a reforma educacional em mais de sete minutos de vídeo. A abordagem positiva da alteração é tão grande que chega um ponto em que o apresentador diz “Se eu tivesse que fazer o ensino médio e soubesse dessa mudança eu ficaria muito feliz".
Em defesa ao anúncio encomendado pela Digital Star que gerou questionamentos na internet, Molo disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que "A gente já ia fazer um vídeo sobre o novo ensino médio. Como recebemos a proposta, decidimos aceitar".

Veja os Destalhes aqui >> http://bit.ly/2kGKKXm

Cinco polêmicas sobre a nova reforma do Ensino Médio

Cinco polêmicas sobre a nova reforma do Ensino Médio
Mariana Della Barba Da BBC Brasil em São Paulo

Direito de imagemGOVBAImage caption Falta de detalhamento sobre o projeto, ampliação da carga horária e flexibilização da grade dividiram especialistas
Algumas idas e vindas por parte do governo, comemorações, críticas e muita polêmica. Esse foi o saldo das primeiras 24 horas após o governo do presidente Michel Temer anunciar uma reforma do Ensino Médio no país.
O anúncio oficial foi feito na tarde de quinta-feira, quando o Ministério da Educação (MEC) divulgou um documento em que disciplinas que sempre figuraram nos boletins iriam passar a ser optativas: educação física, artes, filosofia e sociologia.
Com a reforma, apenas Português, Matemática e Inglês devem ser obrigatórias para o fim do ciclo (atualmente são 13), enquanto as disciplinas restantes serão escolhidas pelo aluno ou pela escola dentre cinco áreas de ênfase: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Formação técnica e profissional.
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Até a tarde de sexta-feira, o governo havia anunciado mudanças técnicas e voltado atrás em um ponto, afirmando que, por ora, essas matérias seguiam sendo obrigatórias. Assim, a mudança pode passar a valer em 2017.
Apresentada como uma medida provisória (MP), a reformulação já entrou em vigor mas, na prática, não há efeitos reais, já que ainda será analisada pelo Congresso, e seu conteúdo pode ser alterado por meio de votações na Câmara e no Senado. Esses procedimentos devem ocorrer em 120 dias ou a MP deixa de ter valor legal.
A BBC Brasil listou as principais polêmicas geradas pelo anúncio da reforma - que atinge escolas públicas e privadas - e conversou com especialistas em educação com diferentes opiniões sobre o tema.

1. A 'flexibilização' do currículo e as disciplinas que podem passar a ser optativas:
O MEC acredita que ao permitir que alunos e escolas possam escolher o aprofundamento em algumas matérias vai colocar o currículo do ensino médio mais em sintonia com as necessidades do aluno. "Os jovens poderão escolher o currículo mais adaptado às suas vocações. Serão oferecidas opções curriculares, e não mais imposições", disse, na quinta-feira, o presidente Michel Temer.
O diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, concorda: "Com as atuais 13 disciplinas, a verdade é que o aluno vê tudo e não vê nada. Com a mudança, haverá mais direcionamento para o que ele quer seguir, para seus interesses. Precisamos de um currículo que dialogue com o mundo juvenil e que seja mais direcionado, em conformidade inclusive com o endereço do estudante."
No entanto, o coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), Daniel Cara, as medidas criam uma cortina de fumaça para o cerne do problema.
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Direito de imagem PR Image caption Durante o anúncio, Michel Temer afirmou que agora "os jovens poderão escolher o currículo mais adaptado às suas vocações"

"Essa reforma é uma falácia, porque não resolve as questões estruturais, como a formação de professores e pontos que eram demandas dos estudantes que ocuparam as escolas, como a redução do número de alunos por classe. De nada adianta ênfase em exatas ou humanidades, se o professor for mal preparado, se não houver recurso", afirma.
Além disso, ele questiona a flexibilização de algumas matérias: "Artes, educação física, filosofia ou sociologia têm de ser obrigatórias. Sem elas, não há formação completa de um cidadão".
2. Carga horária ampliada:
Segundo o plano proposto, gradualmente, as escolas passarão a ser integrais, passando a carga horária de 800 para 1.400 horas anuais. Assim, os alunos passarão a ficar sete horas por dia na aula.
Defensores da ampliação da duração das aulas afirmam que ela é eficiente quando embasada um projeto pedagógico sólido. Pernambuco, por exemplo, vem investindo na educação em período integral aliada a outras apostas, e obteve melhora nos índices educacionais.
Mas, na opinião de Daniel, de nada adianta ampliar a quantidade de horas sem qualidade. "Uma carga horária de cinco horas ruim - como já acontece - fica ainda pior se for de sete horas. Haverá um desinteresse ainda maior por parte dos alunos, especialmente ao se tirar as disciplinas que eles tendem a gostar, como educação física e artes."
O governo reiterou que essa mudança será bastante lenta e gradual e que não há metas para a essa implementação.
3. Medida Provisória: ação necessária ou 'canetada'?
O fato de as reformas terem sido feitas via MP foi outro ponto polêmico: de um lado, há quem acredite que os péssimos índices no Ensino Médio exigiam uma medida urgente, enquanto, de outro, há a defesa de que uma mudança dessas exige um debate maior.
"Na prática, a MP foi uma maneira para colocar em prática o projeto de lei (PL 6840), que tramita desde 2013. Se esperássemos, esse projeto poderia ser implementado só em 2019. Já houve debate demais, já esperamos tempo demais", afirma Mozart, do Instituto Ayrton Senna.
Já na opinião de Daniel, a MP foi uma "canetada perigosa".
"Em nenhum lugar do mundo uma reforma dessa envergadura é colocada em prática dessa forma. Na Austrália se levou dois anos, na Finlândia, 10. É preciso um debate sério, é preciso ouvir professores e alunos. A MP é autoritária, permitindo que o Executivo aja como um superlegislador. Houve pressa para atender a demandas de grupos educacionais."
4. Primeiro passo ou confusão e despreparo?
As idas e vindas por parte do governo e a falta de detalhamento em fatores como quando exatamente as medidas devem de fato entrar em vigor e quem vai bancá-las provocou polêmica entre os especialistas.
Direito de imagem AGENCIA BRASIL Image caption Para especialista, demandas de secundaristas que ocuparam escolas não foram ouvidas

"É preciso ter em mente que a MP é apenas um primeiro passo. Agora, precisamos ficar atentos para os próximos, especialmente a articulação com os estados, algo muito desafiador", afirma Mozart. "É claro que o MEC falhou, podia ter divulgado um documento melhor, mais claro. Mas é uma reforma promissora, estou otimista."
Daniel, no entanto, afirma que as idas e vindas do governo em apenas um dia mostram a "fragilidade total da reforma".
Uma outra potencial confusão apontada por analistas está no fato de as escolas não serem obrigadas a oferecer as cinco ênfases previstas. Movimentos estudantis já estão questionando esse ponto - entre outros - já que ele poderia obrigar um aluno que quer se focar em Linguagens, por exemplo, a mudar de escola, caso a sua não ofereça essa ênfase. Para os alunos, isso poderia levar a um entrave semelhante aos problemas que enfrentaram no ano passado, com a proposta reorganização da rede.
5. Como exatamente as alterações serão financiadas e em qual prazo?
O MEC nega que as mudanças implicarão em mais gastos para os Estados, afirmando que o grosso dos recursos para se colocar em prática as mudanças será repassado pelo próprio Ministério.
"Basta olhar de perto para ver que não vai ter dinheiro para implementar mudanças como a da carga horária, especialmente quando se olha o que está sendo proposto na PEC 241, que limita os gastos nessa área", afirma Daniel, em referência à Proposta de Emenda à Constituição que trata da limitação dos gastos públicos, integrando as novas medidas econômicas do governo de Michel Temer, inclusive no setor educacional.
Na rede privada, representantes já disseram que haverá aumento na mensalidade para se bancar mais horas/aulas, por exemplo.
Até o momento, está claro que apesar de a MP ter efeito imediato, as medidas devem ser debatidas e estarem definidas "em meados de 2017", segundo o governo. Assim, devem entrar em vigor de fato no ano letivo de 2018.
Via BBC Brasil

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Lula volta à TV, critica Temer e fala de educação e economia

OAB-PR dá prazo para Moro explicar por que proibiu gravação de audiências


OAB-PR dá prazo para Moro explicar por que proibiu gravação de audiências


Revista Consultor Jurídico, 14 de fevereiro de 2017, 20h42




A seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil deu 15 dias para o juiz federal Sergio Fernando Moro justificar medida que proibiu advogados de gravar audiências ligadas a processos da operação “lava jato”. Caso a determinação continue mesmo assim, a entidade poderá dar assistência a quaisquer medidas processuais ou correicionais adotadas pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autora do pedido de providências.

O despacho foi proferido nesta terça-feira (14/2) pelo presidente da Câmara de Prerrogativas da entidade, Alexandre Quadros. No documento, ao qual a revista eletrônica Consultor Jurídico teve acesso, ele afirma que é “carente de fundamento e contrária à legislação vigente o ato do magistrado que proíbe (ou condiciona à autorização) a gravação ostensiva/visível realizada por advogado com procuração nos autos”.

O presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, afirma que o juiz não tem poder para impedir as gravações. Segundo ele, como o Código de Processo Penal não fala sobre a questão, deve ser feita aplicado o novo Código de Processo Civil, que, no parágrafo 6º de seu artigo 367, "deixa claro que as audiências podem ser integralmente gravadas, por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial".Sergio Moro terá de justificar medida que proibiu advogados de gravar audiências ligadas a processos da operação “lava jato”.
Divulgação/Ajufe

Em ata de audiência assinada na quinta-feira (9/2), Moro declarou que “nenhuma parte tem direito de gravar áudio ou vídeo da audiência sem autorização expressa deste juízo”. “Ficam advertidas as partes, com base no artigo 251 do Código de Processo Penal que não promovam gravações de vídeo de audiência sem autorização do juízo”, afirmou o titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. De acordo com o dispositivo citado, o juiz é responsável pela regularidade do processo, podendo inclusive solicitar força pública.

Segundo Quadros, o direito de usar gravador existe até mesmo em processos sigilosos. “Quem vai guardar o depoimento gravado (...) é o advogado e, obviamente, a ele cabe preservar tal sigilo, tal qual deve preservar o sigilo de documentos que obtém em processos dessa natureza.” Caso o profissional divulgue qualquer informação, fica sujeito a sanções disciplinares da Ordem e a responsabilidades civis e penais, diz o presidente da câmara.

“As audiências judiciais, atualmente, são todas gravadas em audiovisual, e não há necessidade de pedir autorização para quem está depondo”, completou no despacho.

Na segunda-feira (13/2), Quadros já havia defendido a prerrogativa dos advogados em entrevista à ConJur, antes de analisar o pedido de providências. Ele voltou a declarar que vale, por analogia, dispositivo do Código de Processo Civil de 2015 que permite gravação “por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial”.

O representante da OAB-PR também citou precedente da Câmara de Prerrogativas em 2012, que reconheceu a prática ao analisar um pedido de desagravo público.

Outros casos
Na seccional paulista da OAB, a 1ª Turma de Ética Profissional do Tribunal de Ética e Disciplina considerou lícita a gravação de audiência feita por advogado devidamente constituído nos autos.

O tema também já chegou ao Conselho Nacional de Justiça em pelo menos duas reclamações contrárias a um comunicado publicado em 2015 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O texto dizia que, “não obstante ausência de previsão legal acerca da gravação da audiência pelas partes, compete ao juiz do feito, no âmbito jurisdicional, autorizar ou vedar a referida gravação”.

Os dois processos acabaram arquivados, sem nenhuma tese definida, porque o TJ-SP mudou a regra logo depois, com a publicação do novo CPC. A partir de então, a corte paulista definiu que a faculdade da gravação deve ser “comunicada ao magistrado previamente ao início da gravação”. Caberá ao juiz registrar o ato, indicando o nome da parte e o meio adotado. Nenhum dos reclamantes levou o questionamento adiante.

Clique aqui para ler o despacho.

*Texto alterado às 17h36 do dia 15 de fevereiro de 2017 para acréscimos.


Mais uma de Jucá: Blindagem para políticos na linha sucessória


O senador Romero Jucá (PMDB -RR) apresentou hoje (15) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que assegura imunidade relativa aos ocupantes de cargos na linha sucessória da Presidência da República. A emenda estabelece que, assim como o chefe do Executivo, quem puder sucedê-lo não poderá responder por atos cometidos fora do mandato durante a vigência do cargo; Jucá é aquele que propôs derrubar a presidente Dilma Rousseff para estancar a sangria da Lava Jato, plano que vem sendo seguido à risca por Michel Temer. 

Segundo o documento protocolado por Jucá, os possíveis sucessores do presidente da República não poderão ser responsabilizados “por atos estranhos ao exercício de suas funções durante a vigência do respectivo mandato ou enquanto ocupar o correspondente cargo”. O texto altera o artigo 86 da Constituição Federal, que garante a imunidade apenas ao Presidente da República.

O artigo vigente também determina que o presidente não pode ser preso enquanto não lhe sobrevier sentença condenatória. De acordo com a Constituição, em caso de vacância da Presidência da República, podem sucedê-lo o vice-presidente e os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, nesta ordem.

Segurança jurídica

Jucá argumenta que não se trata de “blindar” membros dos poderes da República. O objetivo, segundo ele, é garantir a segurança jurídica e “conferir estabilidade ao exercício das funções inerentes à Presidência da República”.

Tanto o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), quanto o presidente da Câmara (DEM-RJ), Rodrigo Maia, que estão na linha sucessória da Presidência, são citados em delações do processo da Operação Lava Jato. A proposta de Romero Jucá já recebeu o apoio de 30 senadores.

Depois de apresentada, a PEC será discutida no Senado. Para ser aprovada, ela precisa ser votada em dois turnos e receber votos favoráveis de pelos menos três quintos do número total de senadores.



Lula lidera eleições de 2018 em todos os cenários, diz CNT/MDA

Na pesquisa espontânea, Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar nas intenções de voto, a frente de Marina Silva, Aécio Neves e Michel Temer

15/02/2017

Lula desponta como o nome mais forte para as eleições presidenciais de 2018, segundo a pesquisa CNT/MDA divulgada na quarta-feira 15. O ex-presidente lidera as intenções de voto no primeiro turno tanto na pesquisa espontânea quanto na estimulada. Nos seis cenários imaginados pela pesquisa para o segundo turno, o petista aparece em três e lidera todas.

A extrema-direita também está bem cotada: o candidato mais lembrado espontaneamente depois de Lula é o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). 

Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios nas 25 unidades federativas, das cinco regiões, entre os dias 8 e 11 de fevereiro. 

Conhecido por declarações com forte conteúdo de extrema-direita e de desrespeito aos direitos humanos, Bolsonaro arregimentou 6,5% das intenções de voto, colocando-se atrás de Lula (16,6%), mas a frente de políticos tradicionais e que já disputaram outros pleitos, como Aécio Neves (2,2%) e Marina Silva (1,8).

A um ano e meio do pleito, os indecisos são o maior contingente: 57,1%. Michel Temer foi citado como candidato favorito por 1,1% dos entrevistados, seguido de Dilma Rousseff (0,9%), Geraldo Alckmin (0,7%) e Ciro Gomes (0,4%). Brancos e nulos somam 10,7%.

No cenário em que a intenção de voto foi estimulada, isto é, foram fornecidos os nomes dos candidatos ao primeiro turno, Lula fica em primeiro lugar com 30,5%. Mas Bolsonaro aparece na sequência com 11,3%, tecnicamente empatado com Marina (11,8%) e próximo de Aécio (10,1%). Candidato do PDT, Ciro Gomes corre por fora, com 5%. Brancos e nulos somam 16,3% e os indecisos são 11,3%. 

Em outro cenário, o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB-SP) aparece como o candidato do PSDB no lugar de Aécio Neves. Neste quadro, Lula tem 31,8% das intenções de voto, seguido de Marina Silva (12,1%), Jair Bolsonaro (11,7%), Geraldo Alckmin (9,1%) e Ciro Gomes (5,3%). Os entrevistados que declararam voto nulo/branco são 17,1% e os indecisos, 11,9%. 

No terceiro cenário, sem Alckimin e Ciro no primeiro turno em 2018, Lula é apontado como favorito por 32,8%, seguido de Marina (13,9%). O senador tucano Aécio Neves e Jair Bolsonaro conseguem resultados bastante próximos, com 12,1% e 12%, respectivamente. 


Segundo turno 


Na comparação com a pesquisa CNT/MDA de outubro de 2016, Lula cresceu, especialmente em cenários hipotéticos de segundo turno. No levantamento realizado no ano passado, Lula liderava a corrida presidencial, mas perdia para Aécio Neves (PSDB) no segundo turno por 37,1% a 33,8%. Na pesquisa divulgada nesta quarta-feira 15, Lula bateria Aécio por 39,7% a 27,5%. O atual levantamento foi realizado entre 8 e 11 de fevereiro, pouco após a morte da ex-primeira dama Marisa Letícia, companheira do ex-presidente por 40 anos. 

Apesar da boa colocação na pesquisa estimulada, o deputado Jair Bolsonaro não foi citado como alternativa em nenhum dos cenários da pesquisa para o segundo turno. 

Em um possível segundo turno, Lula vence com 39,7% no cenário em que o adversário é Aécio Neves (27,5%). Quando o adversário hipotético é Michel Temer, as intenções de voto em Lula crescem: 42,9% para o petista ante 19% para o peemedebista. Na hipótese de Lula enfrentar Marina Silva no segundo turno em 2018, o petista arregimenta 38,9% das intenções de voto, contra 27,4% para a candidata da Rede.

Na alternativa em que o senador Aécio Neves enfrenta o atual ocupante da presidência, Michel Temer, o tucano leva a melhor, com 34,1% das intenções de voto, ante 13,1% que preferiram o peemedebista. Quando Marina Silva é apresentada como opção diante de Temer, ela vence com 34,4%, ante 16,8% do peemedebista.

Boulos: MTST convoca para mobilização em todo país em 15/3

Boulos informa nas redes sociais: 
MTST fará mobilização em todo país, amanhã, 15/3

Nossos Princípios de Organização:

O MTST tem sua organização baseada em alguns princípios. Encaramos a coerência com estes princípios como condição para a atuação de qualquer militante no movimento. São eles:
  • Unidade na ação e liberdade na discussão – Os militantes devem ter o direito de se posicionar e debater suas propostas nos coletivos em que fazem parte. Mas, uma vez definida a posição coletiva (por consenso ou voto) têm que atuar de acordo com ela.
  • Decisão coletiva e responsabilidade individual – As decisões no MTST são tomadas coletivamente: os militantes de cada coletivo devem participar da definição das linhas, posições políticas e dos planejamentos e avaliações. Mas, divididas as tarefas, o companheiro que assumi-la tem a responsabilidade de realizá-la e prestar contas ao coletivo.
  • Só decide quem atua – Todo militante do MTST tem que participar de algum coletivo e assumir alguma tarefa. Só há espaço no movimento para aquele que estiver comprometido com a execução das decisões tomadas, isto é, com alguma tarefa de construção.
  • Disciplina militante e valores socialistas – O militante do MTST precisa ser coerente em sua conduta com a proposta do movimento. Deve ser exemplo para o conjunto. Isso significa também não reproduzir as ideologias que combatemos: opressões, discriminações (machismo, racismo, homofobia, etc.) e valores individualistas.
  • Transparência nas relações – É fundamental no MTST que as posições e diferenças sejam tratadas de forma clara e transparente. Assim também deve ser nossa relação com a base social do movimento. Entendemos que a transparência, ao lado do respeito às diferenças, é a melhor maneira de evitar os divisionismos tão freqüentes nos movimentos.
  • Construção de poder popular – Este princípio se expressa em duas questões fundamentais: autonomia e formação política. Autonomia significa que as decisões do MTST são tomadas pelo MTST, sem interferência de qualquer outra organização ou do Estado. A formação política – como princípio – significa a proposta de formar continuamente militantes na base do movimento para assumirem responsabilidades políticas e participarem das decisões. Ou seja, o MTST deve ser conduzido pelos trabalhadores e deve haver um esforço organizativo para preparar cada vez mais trabalhadores para dirigirem a organização.
O que é um Princípio?
Em nossa vida temos muitas idéias e propostas. Algumas dão certo, outras não. E temos que ter a abertura de ver quando não dar certo e mudarmos. No MTST também é assim. Mas existem certas idéias que a caminhada do Movimento e a história de luta dos trabalhadores já mostraram que são muito importantes para nossa organização. Esses são nossos princípios.
São idéias que não estamos dispostos a abrir mão, que são muito valiosas para nós.
Nossa Forma de Organização:

O MTST é uma organização coletiva. A forma de organizar o movimento e suas lutas tem como alicerce diferentes tipos de coletivo. No geral, devemos buscar construir 3 tipos de coletivos, cada qual com sua função:
  • Coletivos Políticos (Coordenações Estaduais e Coordenação Nacional) – tem a função de tomar as decisões políticas gerais do movimento, no estado ou no país.
  • Coletivos Organizativos (Setores) – tem a função de tomar decisões e executar tarefas em relação a diversas questões necessárias para a construção do MTST.
  • Coletivos Territoriais (Coordenações de Acampamento, de Núcleos e Coordenações Regionais) – tem a função de tomar organizar o trabalho territorial do MTST, na relação com a base, decidindo e realizando as tarefas referentes ao seu espaço de atuação, seja a ocupação, o núcleo ou uma região mais ampla.
  • Cada militante que está em um coletivo representa determinada tarefa, seja esta territorial ou organizativa-setorial. E o cumprimento da tarefa deve ser submetido à avaliação coletiva de tempos em tempos (no máximo 1 ano), podendo modificar o militante responsável. Assim, garantimos uma avaliação constante e a possibilidade de rotatividade dos militantes nos coletivos.
Quanto aos setores, atualmente temos os seguintes:
  • Formação Política – responsável pela formação dos militantes.
  • Negociação – responsável pela relação com o Estado.
  • Organização – responsável em garantir o funcionamento coletivo.
  • Autodefesa – responsável pela segurança da organização.
  • Autossustentação e Finanças – responsável em desenvolver iniciativas de financiamento, pela organização dos recursos e prestação de contas.
  • Comunicação e Simbolismo – responsável pelos canais de divulgação do MTST e pelo fortalecimento de identidades simbólicas próprias.
  • Trabalho Comunitário – responsável pela relação com as comunidades.É claro que o conjunto destas formas de organização (coletivos políticos, territoriais e setores) é parte de um processo de construção. Nem todos os estados conseguiram desenvolvê-las, os ritmos são diferenciados. Mas, respeitando as dificuldades e ritmos de construção do MTST em cada estado, devemos ter esta proposta como uma referência organizativa unitária.
  • Além disso, para garantir unidade nacional, temos o Regimento Interno Nacional do MTST. Cada estado também pode construir, se necessário, regimentos estaduais para lidar com os problemas mais cotidianos da organização.
Importância dos Setores:
O povo é nosso combustível, é quem faz o Movimento ir adiante. O papel de organizar os trabalhadores que fazem parte do MTST é dos Coletivos territoriais (coordenação de grupos, núcleos e regionais). Mas, além do combustível, precisamos do motor, a engrenagem que faz a organização do Movimento avançar. Este é o papel dos Coletivos organizativos, que são os setores. Quando os setores funcionam bem, o MTST se organiza melhor. A formação dos militantes, a sustentação financeira da organização, nossas negociações, tudo isso depende de um bom funcionamento dos setores para dar certo.
A organização das ocupações:
  • A ocupação de terrenos urbanos é a principal forma de ação do MTST. Boa parte de nosso esforço militante está orientado para construir e sustentar as ocupações. Por isso, precisamos buscar fazer da ocupação muito mais que uma luta por moradia, mas sim uma ferramenta para o acúmulo de forças do MTST rumo a nossos objetivos.
Temos experiências muito diversificadas de ocupações nos estados em que atuamos, que expressam as especificidades de cada região. Mas existem algumas metas que precisam ser comuns a todos nossos acampamentos:
  • Formação de novos militantes – as ocupações são o momento em que o MTST amplia e qualifica sua militância, apostando na formação de coordenações de acampamento, eleitas pela base, que, ao assumir as tarefas organizativas e políticas da ocupação, se integram ao MTST.
  • Organização e mobilização coletiva – as ocupações devem representar a prioridade das soluções coletivas sobre as individuais, tanto através da mobilização como via para conquistas, quanto na construção de espaços coletivos, tais como cozinhas, saraus, biblioteca, dentre outros.
  • Territoriazalização – O local onde fazemos uma ocupação é algo determinante para a influência que pode ter. Fazer um acampamento próximo ao Palácio de Governo, ou ao lado de uma importante rodovia, ou ainda próximo de um grande porto ou aeroporto nos dá um poder de intervenção muito maior do que fazer no final da cidade, próximo à área rural. Por isso, aliás, que construímos o MTST em Brasília.
  • Referência nas comunidades – Um acampamento sempre acaba, seja com o despejo ou com a conquista. Por isso, a referência de nossa atuação tem que ir além da ocupação, ampliando-se para as comunidades próximas. A maioria dos acampados vem destas comunidades e, em caso de despejo, podemos continuar o trabalho com eles neste entorno. Esta tem sido a experiência dos núcleos comunitários, já realizada pelo MTST em alguns estados. Precisamos expandir iniciativas como essas para ampliar nossa referência nas periferias. Assim, a ocupação seria um ponto de partida para um trabalho muito maior. A construção da Periferia Ativa, onde for possível, é uma iniciativa que vem responder a esta necessidade.
Os desafios de uma ocupação:
Por que fazemos ocupações? Alguns companheiros respondem: “Para conseguir moradia!”.
Mas é só isso que queremos? Ficaremos satisfeitos se, daqui há 10 ou 20 anos, olharmos para traz e vermos apenas um monte de conjuntos habitacionais? De nada adianta conseguirmos moradias e a vida continuar do mesmo jeito, com o capitalismo impondo suas leis. Por isso, a ocupação tem para nós um sentido muito maior do que a luta por moradia: é uma forma de formarmos novos militantes para a luta, de construir referência nos bairros de periferia e de mostrar para os trabalhadores que – com união e organização – temos poder de enfrentar este sistema. Nossas ocupações devem ter sempre este horizonte!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Greenwald quebra censura à imprensa imposta por Temer e Marcela


Greenwald quebra censura à imprensa imposta por Temer e Marcela
Após a decisão do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, de Brasília, a pedido de Marcela Temer, que fez os jornais Folha de S.Paulo e O Globo excluírem reportagens sobre o caso do hacker que invadiu o celular da primeira-dama, o site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, divulgou trechos da investigação da Polícia Civil que mostra a conversa entre Marcela e o responsável pela clonagem, hoje condenado e preso; o portal também publicou a reportagem em inglês e deu uma lição nos jornais que apoiaram o golpe, defendem censura a outros veículos e agora foram os primeiros a ser censurados; "Não há nada mais perigoso do que políticos e tribunais aliados para determinar o que jornais podem ou não publicar, e faremos o possível para retificar esses ataques ao direito à informação", diz o The Intercept



13 DE FEVEREIRO DE 2017 ÀS 20:28
No dia em que os jornais Folha de S.Paulo e O Globo sofreram um ato de censura por parte do governo Temer e do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, de Brasília, o site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, divulgou o conteúdo censurado: a investigação sobre um hacker que clonou o celular de Marcela Temer e ameaçou divulgar um áudio que colocaria o nome de Temer "na lama", segundo ele próprio, caso não recebesse R$ 300 mil.
O The Intercept denuncia o "grande ataque à liberdade fundamental de imprensa perpetrado pelo governo do presidente Michel Temer, sua esposa Marcela e um juiz do Distrito Federal" e diz que, "como um dos objetivos da criação do The Intercept era defender e apoiar a liberdade de imprensa em todo o mundo, estamos publicando os materiais censurados para que possam ser analisados pelo público".
O portal traz algumas páginas da investigação da Polícia Civil com imagens da conversa entre Marcela e o hacker, Silvonei José de Jesus Souza, condenado a cinco anos e onze meses de prisão. O portal destaca que "o mais bizarro" no episódio é que as informações divulgadas pelos jornais eram públicas, e poderiam ser acessadas por qualquer advogado ou pessoa com cadastro no site da Justiça.
"Não fazemos isso por conta de nosso afeto pela Folha de S. Paulo ou pelo Globo. Os dois jornais atacam a liberdade de imprensa de outros veículos regularmente (...). E, ironicamente, esses dois veículos apoiaram o impeachment de uma presidente eleita democraticamente, Dilma Rousseff, levando Temer ao poder. Pelo contrário, fazemos isso por reconhecer que o ataque à liberdade de imprensa de qualquer meio de comunicação – mesmo do Globo e da Folha – representa uma ameaça à liberdade de imprensa de todos", diz ainda o The Intercept.